quarta-feira, 23 de abril de 2008

A maior competição para estudantes de Tecnologia está aí.. Imagine Cup

Criada e organizada pela Microsoft em 2003, a Imagine Cup é uma competição para estudantes de tecnologia, que tem como objetivo encontrar soluções para problemas atuais do mundo real. Nela podem participar desde estudantes secundaristas, como tecnólogos e universitários, os quais disputam prêmios através das nove categorias que o evento dispõe.

Tais categorias se subdividem de acordo com o seguinte esquema: na área de soluções tecnológicas temos Projeto de Software, Desenvolvimento Embarcado e Desenvolvimento de Jogos; na área Desafios de habilidades temos o Projeto Hoshimi, Desenvolvimento de Infra-estrutura e Algoritmos; e por fim a área de Artes Digitais, temos as categorias de Competição de Fotografia, Filmes de

Curta-metragem e Projeto de Interface.

A Imagine Cup tem em si uma idéia bastante entusiasmante, além de ter um lance muito interessante, que muitas empresas grandes vêm promovendo: o incentivo aos estudantes para produzir algo novo que possa ser remetido num produto comercial, economicamente viável e que traga benefícios tanto para a empresa (capitalismo!), como para a humanidade. A Microsoft procura isso através da Imagine Cup,

de maneira que lança um tema, como o atual: “imagine um mundo onde a tecnologia permita um meio ambiente sustentável”, e a partir deste, os competidores utilizam sua criatividade para lançarem suas idéias e pô-las em prática.

A cada ano a competição passa por uma etapa nacional, onde as equipes vencedoras partem para disputar a etapa internacional, que este ano ocorrerá em Paris. A premiação da etapa nacional varia de acordo com a categoria e com a colocação da equipe, podendo ganhar - cada membro da equipe – pocket pc’s, notebooks, x-box 360°, viagem pra Paris pra competir ( ou mesmo assistir às finais, dependendo da categoria), como também um premio de 8mil dólares.

É realmente um estimulante para quem tem criatividade e vontade! Uma das coisas que acho mais empolgantes é que nós, brasileiros, já vencemos três vezes seguidas! A Região nordeste tem mostrado forte presença e desempenho na competição, o que reflete o elevado crescimento tecnológico da região. Eu só lamento que o fundamentalismo crescente dentro das comunidades de software livre na região sul de nosso país esteja fazendo com que jovens estudantes, de grande potencial, percam uma oportunidade como essa, pelo simples fato de olharem o nome Microsoft no link do site, e desistirem de ler a respeito.

Vendo pelo lado positivo, menos concorrência para os que sonham trabalhar na empresa, certo?

Enfim.. Se quiserem conhecer mais a respeito da competição, ou mesmo fazer a inscrição, visite o site oficial, e clicando nesse link você encontrará informações sobre os projetos vencedores da edição 2007.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Esquenta já começou!

Aqui está o cartaz de divulgação do primeiro evento do ano da 10ª Semana da Computação, e já está nos principais blocos do CCT!

Não perca o período de inscrição... O ESQUENTA JÁ COMEÇOU!


segunda-feira, 14 de abril de 2008

Avanços da computação gráfica - O futuro dos Videogames - parte 3

Há muitos equipamentos inovadores tentando trazer uma mudança na qual interagimos com nosso computador, ou com nosso videogame. Uma dessas coisas que teve grande aceitação atualmente foi o Wii-mote, mas há vários outros dispositivos surgindo permitindo várias coisas como por exemplo controle do jogo pelo cérebro, reprodução de emoções humanas nos avatares (personagens virtuais que representam o usuário num ambiente virtual),
etc. Tal fato está em voga atualmente, porém o que deve ser feito é a separação do que é moda e do que veio realmente para ficar e, observar como estes dispositivos mudam a maneira como um usuário intarfaceia com seu computador. Na visão de Tim o Wii-mote não passa de moda, pois os seres humanos são seres mais táteis e com isso dito conclui que telas touchscreen são mais úteis facilitando e melhorando o trabalho que o usuário realiza no computador. Além do touchscreen introduzido pelo IPhone outra direção forte é a captura de movimentos por uma câmera, a qual evita você de usar um equipamento que pode trazer desconforto e libera seu corpo para fazer o que ele quiser, dando maior liberdade ao usuário enquanto o movimento capturado na forma de gestos é usado para alguma coisa útil e intuitiva. Dessa maneira o desenvolvimento de equipamentos de interação humano-máquina que parecia estar estagnado voltou com o IPhone e alguns outros projetos, muitos dos quais você pode ver em vídeos no Youtube. Embora você possa ver todas essas inovações há apenas uma coisa certa: com aplicativos mais complexos em seu trabalho, mais poder de processamento é necessário.


Algumas visões para o futuro


Daqui há cinco anos se espera que a internet alcance no máximo de 5 a 6 vezes a velocidade de hoje, não mais. A programação paralela em computadores de multinúcleos irá ganhar impulso. É importante que uma engine para jogos ou um aplicativo saiba lidar eficientemente com o número cada vez maior de núcleos que um computador pode ter. Além disso produtos que saibam usar o melhor de uma CPU e/ou o melhor de uma GPU vão ser importante a medida que cada uma dessas vai avançar e incorporar algumas características da outra. Desta maneira o próximo grande desafio para a indústria de jogos e outras ligadas à computação é simplificar o processo de desenvolvimento, fazendo o hardware do computador ser mais eficiente.

Palestra sobre LISP

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Avanços da computação gráfica - O futuro da renderização - parte 2

Quanto a parte de renderização 3D Tim Sweeney diz que há várias técnicas de renderização interessantes para o futuro. Aproximadamente entre 5 a 10 técnicas, algumas das quais são ray tracing e um esquema de raio dividindo a cena em micro-polígonos e voxels. Junto a isso a renderização pode ser feita na CPU ou na GPU evitando o pipeline gráfico. Tal decisão de evitar as APIs como OpenGL e DirectX traz várias vantagens como por exemplo usar técnicas que requerem frame buffer (o buffer da memória de vídeo) mais amplo.

Hoje estas APIs são muito usadas e o DirectX 10 é apenas uma atualização do DirectX 9 sem muitas mudanças significativas. Porém, com o avanço da tecnologia gráfica e também das capacidades das CPUs em termos de manipulação de valores vetoriais, o uso da renderização de software pode ser a maneira com que os desenvolvedores vão desenvolver os jogos. Eles provavelmente usarão alguma linguagem de programação que usará tanto o poder da CPU como da GPU.

Complementando essa visão a fronteira entre a CPU e a GPU pode ser a performance, pois cada uma seria usada aonde seu emprego traz mais "custo-benefício computacional". Com toda esta evolução GPU e CPU incorporam cada vez mais características um do outro e vice-versa, trazendo talvez uma competição entre as duas que culminaria em uma delas sendo a dominante. Tal cenário aonde chips GPU e CPU se misturam em um único chip já são vistos em alguns handhelds, mas ainda não está claro se, é isso que de fato irá acontecer nos desktops e mesmo se isto se tornará padrao nos handhelds.

domingo, 6 de abril de 2008

Prevenindo as Doenças do Trabalho - Por Adriana Sornas Pizani

Como profissionais da área da computação, nós ficamos horas intermináveis perante o computador e nem sempre nos preocupamos com a postura. Quiçá pensamos em fazer exercícios. Talvez por isso seja tão comum ouvir pessoas reclamando de dores musculares advindas de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e/ou dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Dentre os problemas englobados por este grupo, o mais famoso é a tendinite.

Talvez por isso eu tenha me incentivado a escrever sobre este tema. Mas afinal, o que exatamente é LER? O que é DORT? Como já citado anteriormente, ambos caracterizam-se como lesões em: tendões, músculos e articulações. No caso dos profissionais da nossa área de trabalho, os membros superiores, ombros e pescoço são as regiões mais propensas ao desenvolvimento de tais problemas de saúde (devido ao uso repetitivo ou a manutenção de posturas inadequadas) resultando em dor, fadiga e declínio do desempenho profissional.

Talvez, para alguns, não haja nenhuma novidade desses “sintomas da vida moderna”, certo? Ao contrário do que se pensa estas doenças não são recentes. Mesmo assim, segundos estatísticas referentes à população trabalhadora segurada, o grupo destas doenças tem sido o mais comum dentre as doenças ocupacionais registradas pelo Ministério Público. O mais preocupante é que, além do caráter definido como “epidêmico” por alguns autores há, ainda, problemas crônicos causados por falta de tratamento ou do retorno antecipado às atividades. Com isso, apesar de não perceber, ao retomar os movimentos repetitivos, o paciente pode ficar incapacitado para o resto da vida até mesmo para executar atividades rotineiras como escovar o cabelo, os dentes, etc.

Afinal, como podemos prevenir tais problemas de saúde sem abdicar de nossas atividades diárias? Primeiramente devemos nos preocupar com a Ergonomia – ou seja, estudar uma forma de estabelecer uma relação entre o bem-estar, o conforto e saúde do trabalhador com os aspectos do trabalho. Evitar um ritmo intenso de trabalho, pressão para que se mantenha tal rotina, estabelecer metas absurdas, ultrapassar os próprios limites ignorando a necessidade de pequenas pausas espontâneas, manter uma postura fixa por tempo prolongado, dentre outros, são exemplos de orientações contra a LER/DORT.

Outra dica interessante é evitar o sedentarismo. Principalmente quando sua empresa promover a ginástica laboral. Se este não for o caso, pratique algum tipo de atividade física de seu interesse ou procure ajuda de um profissional que lhe ensine uma série de exercícios para fazer em casa. Não se esqueça: caso sinta aquela dor incômoda no punho, nos ombros ou qualquer sintoma de que sua saúde não esteja 100% procure ajuda. Como já dizia a vã filosofia, “melhor prevenir do que remediar”, mas se não houver opção, siga todas as orientações médicas e respeite seu tempo de recuperação. Afinal, cada organismo reage de uma forma.

Hoje ficarei por aqui. Abaixo há uma lista das bibliografias onde pesquisei, bem como sites para consulta mais aprofundada a respeito do tema. Até a próxima!


Referências:


BARBOSA, Maria do Socorro Alécio; SANTOS, Regina Maria dos; TREZZA, Maria Cristina Soares Figueiredo. A vida do trabalhador antes e após a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT). Rev. bras. enferm. , Brasília, v. 60, n. 5, 2007 . Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000500002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 30 Mar 2008.


SALIM, Celso Amorim. Doenças do trabalho: exclusão, segregação e relações de gênero. São Paulo Perspec. , São Paulo, v. 17, n. 1, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392003000100003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 30 Mar 2008.


Zeltzer, Marcelo. Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho. Saúde e Vida On Line. Disponível em:
http://www.saudevidaonline.com.br/artigo62.htm. Acesso em: 05 Abr 2008.

Peres, Cláudio César. Ações coletivas para a Prevenção da LER/DORT. Boletim da Saúde, v.19, n.1, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_saude_v19n1.pdf#page=35. Acesso em: 05 Abr 2008.

Para saber mais:

Saúde em movimento
Protocolo de Investigação, Diagnóstico, Tratamento E Prevenção de LER/DORT.