Avanços da Computação gráfica - Jogos: O cenário atual - parte 1

Respondendo aos pedidos evidenciados pelo resultado da enquete, o aluno Edward, bolsista do LARVA (Laboratório de Realidade Virtual Aplicada), enviou uma matéria bem interessante à respeito das tendências dos Jogos x Computadores. Mas, por se tratar de uma matéria extensa, será publicada em três partes, todas as segundas-feiras, a partir de hoje!

Não deixem de comentar sobre a matéria... boa leitura!

Jogos x Computadores - presente e futuro sob o ponto de vista de Tim Sweeney

Há 3 semanas Tim Sweeney deu uma entrevista há um famosos site de notícias, o tgdaily (http://www.tgdaily.com) falando sobre a indústria de jogos da qual ele faz parte comentando sob como é a relação dos computadores vendidos hoje e o quão eles estão capacitados para jogos bem como um possível cenário para daqui há alguns anos.
Antes de citar aspectos da entrevista para este artigo é interessante saber quem é Tim Sweeney
para o conhecermos e saber qual a importância que ele exerce neste campo. Começando então, Tim Sweeney é fundador e CEO da Epic Games, uma grande empresa no ramo dos videogames, e criador da engine de jogos Unreal, famosa e considerada uma das melhores engines de jogos existentes. Dessa forma é uma pessoa que está atualizada com o mercado, exercendo forte papel na indústria de jogos.

Cenário Atual

Segundo a visão de Tim Sweeney os computadores não são plataformas adequadas para jogos. Muitos dos computadores vendidos tem placas de video

on-board e são bons para tarefas como navegação Web, edição de documentos, leitura de PDFs, etc., enfim, tarefas que não requerem um alto poder de processamento ou mesmo gráfico. Há, por outro lado, máquinas de ponta que tem grande capacidade; em contrapartida são muito caras e a relação custo-benefício delas é péssima. Estes computadores são feitos visando uma pequena parcela dos compradores de PC e na opinião de Tim é uma coisa errada, pois a lacuna entre estes computadores e os que a maioria das pessoas têm é enorme, o que dificulta a produção dos jogos. Para alguém desenvolver um jogo de sucesso deve escolher entre um jogo que exija uma máquina potente, ou um jogo que tenha requerimentos modestos que rode tranqüilo em todos os PCs. Dessa forma ele conclui que a indústria atual de jogos está em uma posição estranha, pois a maior parte dos PCs vendidos têm placas integradas as quais não são adequadas para jogos. E mais, estas placas na grande maioria não conseguem rodar os jogos mais novos, o que antigamente elas faziam, contudo hoje devido a esse aumento na lacuna do desempenho das máquinas menos potentes com as máquinas mais potentes e a banalização de hardware barato, mas inadequado para jogos, os PCs passaram a ter esse entrave, na medida que os fabricantes deram prioridade a vender PCs para a maior quantidade de pessoas possível, deixando de lado questões como a modernização dos jogos, o que fez a indústria de jogos para computadores sofrer um forte declínio. Com isso em mente, o que os fabricantes de CPU devem fazer é integrar mais as capacidades de uma GPU (unidade de processamento das placas de aceleração gráficas) para se beneficiar de processador multinucleares, os quais usariam os núcleos disponíveis de forma eficiente para o processador fazer seu trabalho normal e simultaneamente renderizar os jogos por software,eliminando as dependências de hardware e que dificultam a vida dos produtores de Jogo.